Algumas escolas já adotam sistemas informatizados de gestão acadêmica que consistem em softwares de inteligência artificial – IA que analisam os dados do dia-a-dia da escola e preveem ou sinalizam a necessidade de intervenção. A inteligência artificial tem sido utilizada em lavouras (gestão agrícola), em escritórios de advocacia (jurimetria) e está se expandindo rapidamente. A escola é um campo promissor e pode aumentar rapidamente seus resultados com a introdução dessa tecnologia.
O sistema de gestão acadêmica visualiza por meio de estatísticas o estado real da escola, dos alunos e dos professores. Quem produz e quem oscila. Em que conteúdo há queda de desempenho e as medidas mais eficazes para uniformizar o rendimento escolar. Nesse sentido, muitos são os fatores que interferem no rendimento de um professor e de uma turma. A interação, a idade, o nível de dificuldade, as estratégias. Tudo isso é mapeado e analisado por milhares de algoritmos em camadas neurais de inteligência.
Nenhum software ou como os profissionais o chamam – nenhum robô é implantado como um sistema pronto. Como toda inteligência, a inteligência artificial precisa ser desenvolvida. Para tanto, os usuários, no caso professores, alunos e coordenação, realizam uma série de adaptações na metodologia da escola, com vistas a integrar o sistema em suas rotinas, para que o “robô” calibre suas respostas.
Os resultados são incontestáveis. As provas calibradas revelam resultados com exatidão matemática quanto à medição do desempenho em provas específicas. Assim, dá para antever nos simulados se a escola está pronta para a Faculdade X ou Y, com taxa de aprovação, antes mesmo do vestibular acontecer. Ou então, se o aluno está adquirindo habilidades e competências dentro do gráfico para chegar à faculdade escolhida. Ou seja, o monitoramento desse desenvolvimento é racional, contínuo e matematicamente comprovado.
Contudo, tudo que é bom tem um preço e os sistemas são relativamente caros para uma escola pequena. As empresas de IA desenvolvem os sistemas de modo customizado e atendem à instituição naquilo que desejam. Por isso, um sistema de IA é um investimento de peso. Mas há possibilidade de construção de mecanismos de controle e eficiência informatizados menos sofisticados que já permitem uma visualização mais técnica quando comparamos taxa de acertos em atividades e nível de satisfação dos alunos. O importante é ter a gestão escolar organizada, com acompanhamento e soluções definidos pela política escolar.
Se sua unidade ainda não possui nenhum desses recursos, nossa sugestão é a seguinte:
- Mantenha uma planilha em sua sala de aula para que fiquem anotados os conteúdos do dia, bem como as atividades e as datas de entrega das mesmas.
- Um caderno de ocorrências em sala de aula auxilia professores no relato de possíveis intervenções junto a alunos e professores. Esse caderno ficaria a cargo do professor para que suas observações sejam registradas e vistas pelos coordenadores diariamente.
- Alunos quietos e apáticos, tanto quanto irritados e agressivos, pode ser sinal de falta de aprendizagem. E nesses casos, 90% dos alunos com baixo rendimento tem bloqueio cognitivo e não deficiência. Significa que uma ocorrência de violência, fome, bullying, etc. interrompeu o processo de ensino-aprendizagem. A intervenção, na maioria das vezes, é a adoção de aulas práticas com possibilidade de realização das atividades em sala de aula, para que o aluno tenha assistência no seu desenvolvimento e sublime a dificuldade.
- Foco nas pessoas e não apenas nos conteúdos. Felicidade é resultado da superação e da aprendizagem. Se a população escolar está feliz é sinal de que tudo está muito bem.
Se você tem dúvidas quanto ao processo de intervenção, entre em contato. Se gostaria de dar sua opinião, fique a vontade para deixar sua mensagem.
Abraços.
denisetamae.wordpress.com 